Coimbra – Portugal

Coimbra estende-se ao longo do encantador rio Mondego (o maior rio nacional) e está situada entre os distritos de Aveiro e Viseu. Descrita como a cidade com mais história da região, Coimbra acolhe alguns dos costumes e monumentos mais venerados do distrito. Vários anos após a ocupação romana e domínio medieval, os vestígios dos primeiros anos de Coimbra estão espalhados por todo o distrito e podem ser contemplados na cidade costeira da Figueira da Foz, no imponente castelo do século IX de Montemor-o-Velho e nas antigas ruínas de Conímbriga. No ponto mais elevado da cidade, encontrará a prestigiada Universidade de Coimbra e a sua majestosa biblioteca do século XVIII. Originalmente fundada em Lisboa no reinado de D. Dinis, esta universidade foi transferida para Coimbra em 1537, onde ainda se mantém. Para além da grandiosa arquitetura de todo o complexo, a biblioteca joanina datada do século XVIII é o seu maior tesouro e irá encantá-lo com a opulência de inspiração barroca, as pinturas trompe d’oeil e as infindáveis prateleiras de livros. Com mais de 250.000 obras, estas relíquias ancestrais são impecavelmente preservadas com a ajuda de uma colônia de morcegos que habita a biblioteca e se alimenta dos insetos durante a noite.

Nesta localização privilegiada situam-se ainda a Sé Nova, do século XVI, e o famoso Museu Nacional de Machado de Castro. O Quebra Costas – uma longa escadaria que conduz desde a Alta de Coimbra ao centro histórico, na Baixa – tornou-se por si só numa atração turística. Aí encontrará ruas animadas, repletas de restaurantes típicos e bares, lojas de todo o gênero e muitos cafés. A Sé Velha, a Câmara Municipal e a Igreja de Santa Cruz são algumas das principais atrações da zona e merecem uma visita. Todos os anos, Coimbra atrai visitantes aos seus animados festejos acadêmicos, onde milhares de estudantes entusiastas desfilam orgulhosamente com as suas capas negras pelas ruas da cidade, entoando canções populares e enchendo as ruas com o som das guitarras que acompanham os fados. Uma das tradições mais importantes é a Queima das Fitas, uma cerimônia da conclusão da licenciatura que ocorre em Maio, quando os estudantes queimam as fitas para simbolizar o final dos seus dias de estudante. Outro local digno de uma visita é o famoso Portugal dos Pequenitos, situado na margem sul do rio. Trata-se de um espaço maravilhoso, onde visitantes de todas as idades podem explorar as réplicas de aldeias tipicamente portuguesas, monumentos nacionais e edifícios em miniatura. Não deixe de visitar as intrigantes ruínas do Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha, nas proximidades.

ONDE IR: Arquitetura religiosa: Igreja de Santa Cruz – Outrora um importante local onde se reunia a elite intelectual do país, este antigo mosteiro obteve o estatuto de Panteão Nacional em 2003 e abriga os túmulos dos primeiros reis de Portugal – D. Afonso Henriques e D. Sancho I. Embora fundado durante o século XII, a estrutura foi totalmente renovada quatro séculos mais tarde pelo rei D. Manuel I, que alterou a arquitetura original do mosteiro para o estilo Manuelino. O Claustro da Manga, em estilo Renascentista, é a principal atração da igreja e deve o seu nome ao fato dos esboços da sua estrutura terem sido encontrados na manga do gibão do rei D. João III. As fascinantes ruínas deste mosteiro são um dos primeiros exemplares da arquitetura gótica do país. Após a morte do rei D. Dinis no século XIV, a rainha Santa Isabel (conhecida também como a Rainha Santa) fundou o mosteiro e dedicou o resto da sua vida à religião. Graças à sua profunda devoção e generosidade, a rainha foi canonizada após a sua morte e tornou-se uma das santas mais veneradas de Portugal. Este monumento também marca o local onde Inês de Castro, a eterna e trágica amante de D. Pedro, seria assassinada por tentar prosseguir com o seu amor pelo futuro rei de Portugal. Nesta floresta, cujo nome se deve aos inúmeros choupos que aí se encontram, foi plantada durante o século XVIII para deter o rio Mondego. Hoje, os visitantes podem desfrutar da sua tranquila localização à beira-rio, admirar as belas árvores, praticar desporto e passear a cavalo. Este jardim romântico ecoa a trágica história de amor entre D. Pedro e Inês de Castro – uma lenda que inspirou a literatura, poesia e música. Repleta de árvores e fontes antigas, com um palácio do século XIX e ruínas neogóticas, este local está envolto pela mais pura beleza. A famosa Fonte das Lágrimas, bem como a vegetação escarlate que nela se encontra, evocam simbolicamente as lágrimas e o sangue derramados por Inês de Castro quando foi tragicamente executada em 1355 por ordem do pai de D. Pedro, o rei D. Afonso IV.


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